O uso do ciclo alongamento-encurtamento em saltos de atletas de handebol e praticantes de musculação do sexo feminino
PDF

Palavras-chave

handebol
treinamento de força
ciclo alongamento-encurtamento do ciclo
biomecânica
eletromiografia
handball
strength training
stretch-shortening cycle
biomechanics
electromyography

Como Citar

Rosa, H. B. da, Oliveira, V. da S. L. de, Santos, L. S., Prusch, S. K., Barbosa, I. M., & Lemos, L. F. C. (2016). O uso do ciclo alongamento-encurtamento em saltos de atletas de handebol e praticantes de musculação do sexo feminino. Revista De Educação Física / Journal of Physical Education, 85(3). https://doi.org/10.37310/ref.v85i3.176

Resumo

Introdução: O handebol é caracterizado como um esporte de cunho coletivo, possuindo grande variedade de movimentações e seus ganhos propiciam melhoramentos nas qualidades físicas e funcionais. Por outro lado, a musculação, que é amplamente praticada atualmente, possibilita muitos ganhos, porém, proporciona baixo melhoramento funcional. O Ciclo Alongamento-Encurtamento (CAE) está baseado no fato de o músculo realizar ativamente uma ação, sendo parte dessa energia armazenada nos componentes elásticos e reutilizada na próxima ação muscular.

Objetivo: Comparar a utilização do CAE na potência dos membros inferiores entre os grupos analisados.

Métodos: A amostra foi constituída por 16 atletas de handebol (GH) e 12 praticantes de musculação (GM), ambos do sexo feminino. Foi mensurada a potência através da plataforma de contato e atividade eletromiográfica dos músculos: bíceps femoral, reto femoral, gastrocnêmio medial e vasto lateral, através de testes de saltos verticais: Squat Jump e Counter Movement Jump.

Resultados: As diferenças estatísticas significativas encontradas entre os grupos foram: o tempo de prática para o GH foi maior, o tempo de prática semanal para o GM foi superior e o percentual de utilização do CAE que para o GH foi de -2,63 e no GM foi de 13,32, para o músculo vasto lateral.

Conclusão: Por meio dos resultados obtidos por testes de saltos verticais, o GH utilizou com maior eficiência a força elástica, apresentando superioridade na economia de ativação do vasto lateral. Portanto, as praticantes de musculação são menos econômicas, possivelmente por seu treinamento isolado.

Use Stretch-Shortening Cycle in Leaps Handball Athletes and Female Bodybuilders

Introduction: Handball is a sport of collective nature, featuring a great variety of moves and its gains provide improvements in physical and functional qualities. However, bodybuilding, which is commonly practiced nowadays, allows many gains, nonetheless, provides low functional improvement. The Stretch-Shortening Cycle (SSC) is based on the fact that the muscle acts actively, with a part of this energy stored in the elastic components and reutilized on the next muscular action.

Methods: The sample was built by 16 handball athletes (GH) and 12 bodybuilding practitioners (GM), both of the womankinds. The potency was measured through the muscular contact and electromyographic activity platform: Biceps femoris, rectus femoris, medial gastrocnemius and vastus lateralis, with vertical jumps: Squat Jump e Counter Movement Jump.Objective: To compare the use of the SSC on the potency of the inferior limbs amongst the analyzed groups.

Results: The significant statistical differences found between the group were: the practice time for the GH was higher, the weekly practice time for the GM was higher and the usage percentage of the SSC for the GH was of -2.63 and in the GM was of 13.32, for the vastus lateralis muscle.

Conclusion: With the results obtained with tests of vertical jumps, the GH used the elastic force more efficiently, displaying superiority on the activation economy of the vastus lateralis. Therefore, the bodybuilding practitioners are less economic, possibly due to their isolated training.

https://doi.org/10.37310/ref.v85i3.176
PDF

Referências

Vargas RP, Santi H, Duarte M, Cunha JR. Características antropométricas, fisiológicas e qualidades físicas básicas de atletas de handebol feminino. RBPFEX. 5(28): 352-362, 2010.

Fritzen AR, Castro I, Vignochi N, Navarro F. Treinamento intermitente e as características morfológicas, metabólicas e fisiológicas no handebol. Rev Bras de Prescrição e Fisiologia do Exercício. 4(23):449-456, 2010.

Trocóli TO, Furtado C. Fortalecimento muscular em hemiparéticos crônicos e sua influência no desempenho funcional. Res. Neurocienc. 17(4):336-41. 2009.

Coelho DB, Coelho LGM, Braga ML, Paolucci A, Cabido CMT, Junior JBF, Mendes TT, Prado LS, Garcia ES. Correlação entre o desempenho de jogadores de futebol no teste de sprint de 30m e no teste de salto vertical. Motriz. 17(1):63-70, 2011.

Lazaridis SN, Bassa EI, Patikas D, Hatzikotoulas K, Lazaridis FK, Kotzamanidis CM. Biomechanical comparison in different jumping tasks between untrained boys and men. Pediatric Exercise Science. 25(1): 101-13, 2013.

De Luca CJ, Adam A, Wotiz R, Gilmore LD, Nawab SH. Decomposition of surface EMG signals. Journal of Neurophysiology Published. 96(3):1646-57, 2006.

Hermes HJ, Freriksa B, Disselhorst-Klugb C, Rau G. Development of recommendations for SEMG sensors and sensor placement procedures. J Electromyogr Kinesiol. Journal of Electromyography and Kinesiology. 10:361 – 374, 2000.

Corrêa F, Corrêa JCF, Martinelli JL, Oliveira AR, Oliveira CS. Reprodutibilidade da eletromiografia na fadiga muscular durante contração isométrica do músculo quadríceps femoral. Fisioter. Pesqui. 13(2): 46-52, 2006.

Cardoso J, et. al. Prado AI, Iriya HK, Santos ABAN, Pereira HM. Atividade eletromiográfica dos músculos do joelho em indivíduos com reconstrução do ligamento cruzado anterior sob diferentes estímulos sensório-motores: relato de casos. Fisioter. Pesqui.15(1):78-85, 2008.

Bosco C, Luhtanen P, Komi PV. A simple method for measurement of mechanical power in jumping. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 50: 273-82, 1983.

Penãs, CL, Granã PL. El entrenamiento de la velocidad en el balonmano. Revista Andebol, 28, 2000.

Kraemer WJ, Ratamess NA. Fundamentals of resistance training: progression and exercise prescription. Medicine and Science in Sports and Exercise, Madison.36(4):674-88, 2004.

Baroni BM, Franke RA., Rodrigues R, Geremia JM, Schimidt HL, Carpes FP, Vaz MA. Are the responses to resistance training different between the preferred and non-preferred limbs?. J Strength Cond Res. 30(3):733-738, 2016.

Pereira RH, Lima WP. Influência do treinamento de força na economia de corrida em corredores de endurance. Rev Bras de Prescrição e Fisiologia do Exercício. 4(20):116-135, 2010.

Okano AH, Moraes AC, Bankoff ADP, Cyrino ES. Respostas eletromiográficas dos músculos vasto lateral, vasto medial e reto femoral durante esforço intermitente anaeróbio em ciclistas. Motriz. 11(1): 11-24, 2005.

Fraga CHW, Bianco R, Gonçalves M. Comparação do sinal EMG e das características da passada em diferentes protocolos de corrida incremental. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte. 26(4):599-610, 2012.

Carvalho J, Borges GA. Exercícios de alongamento e suas implicações no treinamento de força. Caderno de Ed. Fisica e Esporte. 3(2):67-78, 2001.

Rodrigues CEC, et al. Musculação: teoria e prática. 1985.

Baroni BM, Rodrigues R, Franke RA, Geremia JM, Rassier DE, Vaz MA. Time Course of Neuromuscular Adaptations to Knee Extensor Eccentric Training. Int J Sports Med, 34(10):904-11, 2013.

Jakobsen MD, Sundstrup E, Randers MB, Kjær M, Andersen LL, Krustrup P, Aagaard P. The effect of strength training, recreational soccer and running exercise on stretch–shortening cycle muscle performance during countermovement jumping. Hum mov sci. 31(4):970-86, 2012.

Herzog W. The biomechanics of muscle contraction: optimizing sport performance. Sport ortho trauma. 25(4): 286-293, 2009.

Padulo J, Tiloca A, Powell D, Granatelli G, Bianco A, Paoli A. EMG amplitude of the biceps femoris during jumping compared to landing movements. Springerplus. 2(520), 2013.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
  3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.