Perfil antropométrico, dispêndio energético e nível de atividade física de escolares do ensino médio de Goiânia: um estudo observacional transversal
REF / JPE 2021; 90, 4
pdf

Palavras-chave

Atividade física
Antropometria
Escolares
Dispêndio energético

Como Citar

Lucena Marquez, R., Japiassú de Castro, V., Schmidt, A., de Oliveira Rodrigues, J., & dos Santos Bonfim, R. (2021). Perfil antropométrico, dispêndio energético e nível de atividade física de escolares do ensino médio de Goiânia: um estudo observacional transversal. Revista De Educação Física / Journal of Physical Education, 90(4), 323–333. https://doi.org/10.37310/ref.v90i4.2786

Resumo

Introdução: Em adolescentes, a prevalência de sobrepeso e obesidade, alimentação inadequada, associados a baixos níveis de atividade física são fatores de risco para  doenças crônicas. Enfatiza-se que hábitos e os comportamentos formados em crianças e adolescentes refletem-se na idade adulta

Objetivo: Descrever o perfil antropométrico, o nível de atividade física e o dispêndio energético de adolescentes de ambos os sexos do ensino médio de Goiânia.

Métodos: Estudo observacional transversal realizado em amostra populacional (n=347) de ambos os sexos, na faixa etária entre 14 e 18 anos. Avaliou-se estatura, massa corporal, circunferências de cintura e abdome, composição corporal, nível de atividade física e estimativa do dispêndio energético. Utilizaram-se o teste de normalidade Shapiro-Wilk e o de Mann-Whitney.

Resultados: Houve diferenças significativas segundo sexo para: massa corporal, circunferências de cintura e de abdome, soma das dobras, percentual de gordura e gordura absoluta. As diferenças observadas foram para as atividades moderadas, vigorosas e dispêndio energético total. Foram 74,4% os estudantes fisicamente ativos, sendo de 80,1% maior que o feminino (68,1%).

Conclusão: Constatou-se maior dispêndio energético em atividades físicas moderadas, vigorosas e dispêndio energético total nos escolares do sexo masculino, ao passo que se registrou maior soma de dobras cutâneas, percentual de gordura e gordura absoluta nas escolares do sexo feminino.

https://doi.org/10.37310/ref.v90i4.2786
pdf

Referências

Barros MVG de, Nahas MV, Hallal PC, Júnior JC de F, Florindo AA, Barros SSH de. Effectiveness of a School-Based Intervention on Physical Activity for High School Students in Brazil: The Saude na Boa Project. Journal of Physical Activity and Health. 2009;6(2): 163–169. https://doi.org/10.1123/jpah.6.2.163.

Dietz WH. Overweight in childhood and adolescence. The New England Journal of Medicine. 2004;350(9): 855–857. https://doi.org/10.1056/NEJMp048008.

Perula de Torres LA, Lluch C, Ruiz Moral R, Espejo J, Tapia G, Mengual Luque P. Prevalencia de actividad física y su relación con variables sociodemográficas y ciertos estilos de vida en escolares cordobeses. Revista Española de Salud Pública. 1998;72(3): 233–244.

Tudor-Locke C, Ainsworth BE, Popkin BM. Active Commuting to School: An Overlooked Source of Childrens?? Physical Activity? Sports Medicine. 2001;31(5): 309–313. https://doi.org/10.2165/00007256-200131050-00001.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE; 2010. Available from: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv45419.pdf.

Ogden CL, Carroll MD, Curtin LR, Lamb MM, Flegal KM. Prevalence of High Body Mass Index in US Children and Adolescents, 2007-2008. JAMA. 2010;303(3): 242–249. https://doi.org/10.1001/jama.2009.2012.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003: antropometria e análise do estado nutricional de crianças e adolescentes no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE; 2006. Available from: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv30326.pdf.

Monteiro CA, Conde WL. A tendência secular da obesidade segundo estratos sociais: Nordeste e Sudeste do Brasil, 1975-1989-1997. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. 1999;43(3): 186–194. https://doi.org/10.1590/S0004-27301999000300004.

Pereira LO, Francischi RP de, Lancha Jr. AH. Obesidade: hábitos nutricionais, sedentarismo e resistência à insulina. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. 2003;47(2): 111–127. https://doi.org/10.1590/S0004-27302003000200003.

Kac G, Velásquez-Meléndez G. A transição nutricional e a epidemiologia da obesidade na América Latina. Cadernos de Saúde Pública. 2003;19(suppl 1): S4–S5. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000700001.

Anjos LA dos. Obesidade e saúde pública. Rio de Janeiro, RJ: SciELO - Editora FIOCRUZ; 2006. https://static.scielo.org/scielobooks/rfdq6/pdf/anjos-9788575413449.pdf

Twisk JWR. Physical Activity Guidelines for Children and Adolescents. Sports Medicine. 2001;31(8): 617–627. https://doi.org/10.2165/00007256-200131080-00006.

Trudeau F, Shephard RJ. Contribution of School Programmes to Physical Activity Levels and Attitudes in Children and Adults: Sports Medicine. 2005;35(2): 89–105. https://doi.org/10.2165/00007256-200535020-00001.

Danadian K, Lewy V, Janosky JJ, Arslanian S. Lipolysis in African-American Children: Is It a Metabolic Risk Factor Predisposing to Obesity? 1. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. 2001;86(7): 3022–3026. https://doi.org/10.1210/jcem.86.7.7626.

Crisp AH [UNESP, Verlengia R, Oliveira MRM de [UNESP. Limitações da utilização do equivalente metabólico (MET) para estimativa do dispêndio energético em atividades físicas. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. 2014; 148–153.

WHO. Statement on the meeting of the International Health Regulations (2005) Emergency Committee regarding the outbreak of novel coronavirus 2019 (n-CoV) on 23 January 2020. World Health Organization. https://www.who.int/news/item/23-01-2020-statement-on-the-meeting-of-the-international-health-regulations-(2005)-emergency-committee-regarding-the-outbreak-of-novel-coronavirus-(2019-ncov) [Accessed 7th December 2020].

Ainsworth BE, Haskell WL, Herrmann SD, Meckes N, Bassett DR, Tudor-Locke C, et al. 2011 Compendium of Physical Activities: a second update of codes and MET values. Medicine and Science in Sports and Exercise. 2011;43(8): 1575–1581. https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e31821ece12.

American College of Sports Medicine (ACSM). Manual do ACSM para Avaliação da Aptidão Física Relacionada à Saúde. 3a edição. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan; 2011.

Slaughter MH, Lohman TG, Boileau RA, Horswill CA, Stillman RJ, Van Loan MD, et al. Skinfold equations for estimation of body fatness in children and youth. Human Biology. 1988;60(5): 709–723.

Guedes DP. Composição corporal: princípios, técnicas e aplicações. 2. ed., Londrina: APEF, 1994.

Craig CL, Marshall AL, Sjöström M, Bauman AE, Booth ML, Ainsworth BE, et al. International Physical Activity Questionnaire: 12-Country Reliability and Validity. Medicine & Science in Sports & Exercise. 2003;35(8): 1381–1395. https://doi.org/10.1249/01.MSS.0000078924.61453.FB.

Oliveira PM, Silva FA, Oliveira RMS, Mendes LL, Netto MP, Cândido APC. Associação entre índice de massa de gordura e índice de massa livre de gordura e risco cardiovascular em adolescentes. Revista Paulista de Pediatria. 2016; 34 (1): 30-37. https://doi.org/10.1016/j.rpped.2015.06.003.

Silva GB, Kraeski AC. Perfil antropométrico de escolares do Instituto Estadual de Educação. EFDeportes.com. Revista Digital: Buenos Aires. 2013;18(181).https://www.efdeportes.com/efd181/perfil-antropometrico-de-escolares.htm [Accessed 27th December 2021].

Brancher EC, Ziani MM, Goulart KT, Folmer V. Perfil Metabólico de Escolares da Rede Municipal de Uruguaiana – RS do Perímetro Rural. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão. 2013; 2(1). https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/61597 [Accessed 27th December 2021].

Oliveira TC de, Silva AAM da, Santos C de JN dos, Silva JS e, Conceição SIO da. Atividade física e sedentarismo em escolares da rede pública e privada de ensino em São Luís. Revista de Saúde Pública. 2010;44(6): 996–1004. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000600003.

Silva J, et al. Níveis insuficientes de atividade física de adolescentes associados a fatores sociodemográficos, ambientais e escolares. Ciência e Saúde Coletiva. 2018; 23 (12). https://doi.org/10.1590/1413-812320182312.30712016

25. Gordia AP, et al. Nível de atividade física em adolescentes e sua associação com variáveis sociodemográficas. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. 2010; 10 (1). Porto. Available from: doi: 10.5628/rpcd.10.01.172.

Frutoso MFP, Bovi TG, Gambardella AMD. Adiposidade em adolescentes e obesidade materna. Revista de Nutrição. 2011;24(1): 5–15. https://doi.org/10.1590/S1415-52732011000100001.

McCrindle BW. Assessment and management of hypertension in children and adolescents. Nature Reviews Cardiology. 2010;7(3): 155–163. https://doi.org/10.1038/nrcardio.2009.231.

28. Moraes EA, et al. Nível de atividade física em adolescentes de 12-16 anos. Revista Digital: Buenos Aires, 2013; (127). Available from: https://www.efdeportes.com/efd127/nivel-de-atividade-fisica-em-adolescentes.htm.

Frutuoso MFP, Bismark-Nasr EM, Gambardella AMD. Redução do dispêndio energético e excesso de peso corporal em adolescentes. Revista de Nutrição. 2003; 16(3). https://doi.org/10.1590/S1415-52732003000300003

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.