Efeito agudo do treinamento de força sobre a pressão arterial de indivíduos normotensos treinados: um estudo experimental
v. 91 n. 1 (2022), Fisiologia do Exercício
v. 91 n. 1 (2022)

Efeito agudo do treinamento de força sobre a pressão arterial de indivíduos normotensos treinados: um estudo experimental

Fisiologia do Exercício
https://doi.org/10.37310/ref.v91i1.2830
Publicado 2022-10-04
Christian Ferri
UFRJ
Michel Moraes Gonçalves
1. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Educação Física e Desportos, Rio de Janeiro, Brasil. 3. Laboratório de Desempenho, Treinamento e Exercício Físico da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LADTEF/EEFD/UFRJ). 4. Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx)
Fabio Henrique de Freitas
1. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Educação Física e Desportos, Rio de Janeiro, Brasil. 3. Laboratório de Desempenho, Treinamento e Exercício Físico da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LADTEF/EEFD/UFRJ).
Victor Gonçalves Corrêa Neto
3. Laboratório de Desempenho, Treinamento e Exercício Físico da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LADTEF/EEFD/UFRJ).
https://orcid.org/0000-0003-3133-1630
Humberto Miranda
REF / JPE 2022; 91, 1
pdf

Palavras-chave

treinamento resistido
membros superiores
membros inferiores
hipotensão

Como Citar

Ferri, C., Moraes Gonçalves, M., Henrique de Freitas , F., Gonçalves Corrêa Neto , V., & Miranda, H. (2022). Efeito agudo do treinamento de força sobre a pressão arterial de indivíduos normotensos treinados: um estudo experimental. Revista De Educação Física / Journal of Physical Education, 91(1), 36–46. https://doi.org/10.37310/ref.v91i1.2830
ACM ACS APA ABNT Chicago Harvard IEEE MLA Turabian Vancouver

Baixar Citação

Endnote/Zotero/Mendeley (RIS) BibTeX

Resumo

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um fator de risco relacionado a várias comorbidades. Após uma sessão de treinamento de força (TF), a pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) podem ser reduzidas abaixo dos valores basais. Este fenômeno é conhecido como hipotensão pós-exercício (HPE). Os efeitos do TF em membros superiores (MMSS) e em membros inferiores (MMII) na HPE ainda não são completamente compreendidos.

Objetivo: Comparar o efeito agudo de uma sessão de TF multiarticular em diferentes segmentos corporais  na PA, em indivíduos normotensos treinados.

Métodos: O presente estudo experimental teve um delineamento randomizado, do tipo crossover. Foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk e uma ANOVA two way de medidas repetidas seguida por um post hoc de Bonferroni para determinar se ocorreram diferenças significativas entre os grupos experimentais em relação a PAD e PAS em distintos momentos.

Resultados: Em relação a PAS, ambos os protocolos provocaram redução estatisticamente significativa durante a recuperação com maior magnitude de queda provocada pela sessão de MMII (p<0,05). Na PAD, não ocorreram modificações significativas após a execução de nenhum dos protocolos experimentais (p>0,05).

Conclusão: O TF multiarticular em ambos os segmentos corporais proporcionou o efeito agudo de redução da PAS, ao longo de 60 minutos após o fim da sessão de treino, com vantagem para o TF em MMII, em indivíduos normotensos treinados.

https://doi.org/10.37310/ref.v91i1.2830
pdf

Referências

Zhou B, Carrillo-Larco RM, Danaei G, Riley LM, Paciorek CJ, Stevens GA, et al. Worldwide trends in hypertension prevalence and progress in treatment and control from 1990 to 2019: a pooled analysis of 1201 population-representative studies with 104 million participants. The Lancet. 2021;398(10304): 957–980. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(21)01330-1.

Zhou B, Perel P, Mensah GA, Ezzati M. Global epidemiology, health burden and effective interventions for elevated blood pressure and hypertension. Nature Reviews Cardiology. 2021;18(11): 785–802. https://doi.org/10.1038/s41569-021-00559-8.

Cornelissen VA, Smart NA. Exercise Training for Blood Pressure: A Systematic Review and Meta‐analysis. Journal of the American Heart Association. 2013;2(1): e004473. https://doi.org/10.1161/JAHA.112.004473.

Paz G, Maia M, Bentes CM, Figueiredo T, Salerno V, Simao R, et al. Effect of agonist-antagonist paired set training vs. traditional set training on post-resistance exercise hypotension. Journal of Exercise Physiology Online. 2014;17(6): 13–24.

Simão R, Fleck SJ, Polito M, Monteiro W, Farinatti P. Effects of resistance training intensity, volume, and session format on the postexercise hypotensive response. Journal of Strength and Conditioning Research. 2005;19(4): 853–858. https://doi.org/10.1519/R-16494.1.

Figueiredo T, Reis VM, Simao R, Figueiredo T, Salles BFD, Dias I, et al. Acute hypotensive effects after a strength training session : a review : review article. International SportMed Journal. 2014;15(3): 308–329.

Kenney MJ, Seals DR. Postexercise hypotension. Key features, mechanisms, and clinical significance. Hypertension (Dallas, Tex.: 1979). 1993;22(5): 653–664. https://doi.org/10.1161/01.hyp.22.5.653.

James PA, Oparil S, Carter BL, Cushman WC, Dennison-Himmelfarb C, Handler J, et al. 2014 evidence-based guideline for the management of high blood pressure in adults: report from the panel members appointed to the Eighth Joint National Committee (JNC 8). JAMA. 2014;311(5): 507–520. https://doi.org/10.1001/jama.2013.284427.

Paz GA, Iglesias-Soler E, Willardson JM, Maia M de F, Miranda H. Postexercise Hypotension and Heart Rate Variability Responses Subsequent to Traditional, Paired Set, and Superset Resistance Training Methods. Journal of Strength and Conditioning Research. 2019;33(9): 2433–2442. https://doi.org/10.1519/JSC.0000000000002353.

Dias IBF, Simão R, Novaes J da S. A influência dos exercícios resistidos nos diferentes grupamentos musculares sobre a pressão arterial. Fitness & performance journal. 2007;(2): 71–75.

Moraes MR, Bacurau RFP, Ramalho JDS, Reis FCG, Casarini DE, Chagas JR, et al. Increase in kinins on post-exercise hypotension in normotensive and hypertensive volunteers. 2007;388(5): 533–540. https://doi.org/10.1515/BC.2007.055.

Polito MD, Farinatti PTV. The effects of muscle mass and number of sets during resistance exercise on postexercise hypotension. Journal of Strength and Conditioning Research. 2009;23(8): 2351–2357. https://doi.org/10.1519/JSC.0b013e3181bb71aa.

Joseph G, Marott JL, Torp-Pedersen C, Biering-Sørensen T, Nielsen G, Christensen AE, et al. Dose-Response Association Between Level of Physical Activity and Mortality in Normal, Elevated, and High Blood Pressure. Hypertension. 2019;74(6): 1307–1315. https://doi.org/10.1161/HYPERTENSIONAHA.119.13786.

Baechle TR, Earle RW, Association (U.S.) NS& C. Essentials of Strength Training and Conditioning. Human Kinetics; 2000.

Paz GA, Robbins DW, de Oliveira CG, Bottaro M, Miranda H. Volume Load and Neuromuscular Fatigue During an Acute Bout of Agonist-Antagonist Paired-Set vs. Traditional-Set Training. The Journal of Strength & Conditioning Research. 2017;31(10): 2777–2784. https://doi.org/10.1519/JSC.0000000000001059.

Pickering TG, Hall JE, Appel LJ, Falkner BE, Graves J, Hill MN, et al. Recommendations for blood pressure measurement in humans and experimental animals: part 1: blood pressure measurement in humans: a statement for professionals from the Subcommittee of Professional and Public Education of the American Heart Association Council on High Blood Pressure Research. Circulation. 2005;111(5): 697–716. https://doi.org/10.1161/01.CIR.0000154900.76284.F6.

Harvey PJ, Morris BL, Kubo T, Picton PE, Su WS, Notarius CF, et al. Hemodynamic after-effects of acute dynamic exercise in sedentary normotensive postmenopausal women. Journal of Hypertension. 2005;23(2): 285–292. https://doi.org/10.1097/00004872-200502000-00010.

Halliwill JR. Mechanisms and clinical implications of post-exercise hypotension in humans. Exercise and Sport Sciences Reviews. 2001;29(2): 65–70. https://doi.org/10.1097/00003677-200104000-00005.

Huonker M, Schmid A, Schmidt-Trucksass A, Grathwohl D, Keul J. Size and blood flow of central and peripheral arteries in highly trained able-bodied and disabled athletes. Journal of Applied Physiology (Bethesda, Md.: 1985). 2003;95(2): 685–691. https://doi.org/10.1152/japplphysiol.00710.2001.

Brandão AA, Alessi A, Feitosa AM, Machado CA, Figueiredo CEP de, Amodeo C, et al. 6a Diretrizes de monitorização ambulatorial da pressão arterial e 4a Diretrizes de monitorização residencial da pressão arterial. Arq. Bras. Cardiol. 2018;110(5 suppl 1): 1–29. https://doi.org/10.5935/abc.20180074.

Paz A, Willardson J, Simao R, Miranda H. Effects of different antagonist protocols on repetition performance and muscle activation. Medicina Sportiva. 2013;17(3): 106–112. https://doi.org/: 10.5604/17342260.1068221.

de Salles BF, Maior AS, Polito M, Novaes J, Alexander J, Rhea M, et al. Influence of rest interval lengths on hypotensive response after strength training sessions performed by older men. Journal of Strength and Conditioning Research. 2010;24(11): 3049–3054. https://doi.org/10.1519/JSC.0b013e3181ddb207.

Laslett LJ, Alagona P, Clark BA, Drozda JP, Saldivar F, Wilson SR, et al. The Worldwide Environment of Cardiovascular Disease: Prevalence, Diagnosis, Therapy, and Policy Issues: A Report From the American College of Cardiology. Journal of the American College of Cardiology. 2012;60(25, Supplement): S1–S49. https://doi.org/10.1016/j.jacc.2012.11.002.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
  3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.