Efeitos da potencialização pós-ativação sobre o desempenho em diferentes modalidades do atletismo olímpico: um estudo retrospectivo
REF / JPE 2022; 91, 2
pdf

Palavras-chave

exercício de aquecimento
fenômenos fisiológicos musculoesqueléticos e neurais
esporte
desempenho

Como Citar

Borba, D. A., Lacerda, L. T. de, & Salgado, J. V. V. (2023). Efeitos da potencialização pós-ativação sobre o desempenho em diferentes modalidades do atletismo olímpico: um estudo retrospectivo. Revista De Educação Física / Journal of Physical Education, 91(2), 197–205. https://doi.org/10.37310/ref.v91i2.2851

Resumo

Introdução: O rendimento neuromuscular pode ser diretamente afetado por uma atividade condicionante através dos mecanismos de potencialização pós-ativação. Dessa forma, as atividades condicionantes são exercícios que melhoram passageiramente as condições orgânicas para o desempenho em uma atividade física posterior.

Objetivo: Avaliar os efeitos da potencialização pós-ativação (PPA) decorrentes das próprias tentativas no desempenho de alto rendimento em saltos horizontais e lançamentos do atletismo.

Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo com dados retrospectivos. Foram extraídos os resultados de 398 atletas finalistas dos campeonatos mundiais de atletismo (2018 e 2019) e dos jogos olímpicos (2004 a 2020) nas modalidades masculina e feminina do salto em distância, salto triplo, arremesso de peso, lançamento do disco, dardo e martelo. Foram computados apenas os resultados dos atletas que conseguiram pelo menos três tentativas válidas de um total de seis. As informações foram coletadas no site oficial da Federação Internacional de Atletismo (IAAF). Foi utilizada as frequências do melhor e pior resultado entre as tentativas para avaliar os efeitos das tentativas sobre o resultado. O nível de significância para diferença estatística foi de p< 0,05.

Resultados: O melhor resultado ocorreu com maior frequência na tentativa 3 comparado às tentativas 1, 2 e 4. Melhores resultados também ocorreram com mais frequência na tentativa 5 comparado à tentativa 4. A pior tentativa ocorreu com mais frequência na tentativa 1.

Conclusão: Os resultados sugerem que as tentativas iniciais acumuladas atuaram como atividade condicionante, sendo estas capazes de desencadear potencialização pós-ativação.

https://doi.org/10.37310/ref.v91i2.2851
pdf

Referências

Zaras N, Stasinaki AN, Methenitis S, Karampatsos G, Fatouros I, Hadjicharalambous M. et al. Track and field throwing performance prediction: training intervention, muscle architecture adaptations and field tests explosiveness ability. Journal of Physical Education and Sport ® (JPES). 2019;19(64): 436-443 (Supplement issue 2),64:436-443. Available from: doi:10.7752/jpes.2019.s2064

2. Zaras N, Stasinaki AN, Terzis G. Biological Determinants of Track and Field Throwing Performance. Journal of Functional Morphology and Kinesiology 2021;6(40):1-22. Available from: doi:10.3390/jfmk6020040

3. Merlino S. Biomechanical report for the IAAF word championship London 2017 – Shot Put. Carnedie School of Sport. 2017. Available from: https://www.worldathletics.org/about-iaaf/documents/research-centre

Bishop D. Warm up II: Performance changes following active warm up and how to structure the warm up. Sports Medicine. 2003;33:483-498. Available from: doi:10.2165/00007256-200333070-00002

7. Gullich A, Schmidtbleicher D. MVC induced short-term potentiation of explosive force. New Studies in Athletics. 1996;11(4):67-81. Available from: https://www.researchgate.net/publication/235959534_MVC-induced_short-term_potentiation_of_explosiv_force

Vandervoort AA, Quinlan J, McComas AJ. Twitch potentiation after voluntary contraction. Experimental Neurology. 1983;81:141-152. Available from: doi:10.1016/0014-4886(83)90163-2

Sale DG. Post activation potentiation: role in human performance. Exercise and Sport Sciences Reviews. 2002;30(3):138-143, 2002. Available from: doi:10.1097/00003677-200207000-00008

10. Rassier DE, Macintosh BR. Coexistence of potentiation and fatigue in skeletal muscle. Brazilian Journal of Medicine and Biological Research. 2000;33(5):499-508. Avaliable from: doi:10.1590/S0100-879X2000000500003

Macintosh BR, Willis JC. Force-frequency relationship and potentiation in mammalian skeletal muscle. Journal Applied Physiology. 2000;88:2088-2096. Available from: doi:10.1152/jappl.2000.88.6.2088

Borba DA, Ferreira-Júnior JB, dos Santos LA, do Carmo MC, Coelho LGM. Effect of post-activation potentiation in Athletics: A systematic review. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. 2017;19(1):128-138. Avaliable from: doi:10.5007/1980-0037.2017v19n1p128

Karampatsos BG, Terzis G, Polychroniou C, Georgiadis G. Acute effects of jumping and sprinting on hammer throwing performance. Journal of Physical Education and Sport. 2013;13(1):3-5. Avaliable from: doi:10.7752/jpes.2013.01001

Terzis G, Karampatsos G, Kyriazis T, Kavouras SA, Georgiadis G. Acute effects of countermovement jumping and sprinting on shot put performance. Journal of Strength and Conditional Research. 2012;26(3):684-690. Available from: doi:10.1519/JSC.0b013e31822a5d15

Terzis G, Spengos K, Karampatsos G, Manta P, Georgiadis G. Acute effect of drop jumping on throwing performance Journal of Strength and Conditional Research. 2009;23(9):2592-2597. Available from: doi: 10.1519/JSC.0b013e3181b1b1a3.

Kümmel J, Bergmann J, Prieske O, Kramer A, Granacher U, Gruber M. Effects of conditioning hops on drop jump and sprint performance: a randomized crossover pilot study in elite athletes. BMC Sports Science Medicine Rehabilitation. 2016;8(1):2-8. Available from: doi: 10.1186/s13102-016-0027-z

Borba DA, Epifânio JS, Nunes JGSM, Vidigal JM, Martins HCC. Efeito da atividade condicionante de membros superiores e inferiores no desempenho do arremesso de peso. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. 2019;13(86):1099-1106. Available from: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1871/1569

Chiu LZF, Fry AC, Weiss LW, Schilling BK, Brown LE, and Smith SL. Postac-tivation potentiation responses in athletic and recreationally trained individuals. Journal of Strength and Conditional Research. 2003;17(4):671–677. Available from: doi:10.1519/1533-4287(2003)017<0671:ppriaa>2.0.co;2

Tillin NA, Bishop D. Factors Modulating Post-Activation Potentiation and its Effect on Performance of Subsequent Explosive Activities. Sports Medicine. 2009;39:147-166. Available from: doi:10.2165/00007256-200939020-00004.

Evetovich TK, Conley DS, McCawley PF. Postactivation potentiation enhances upper- and lower-body athletic performance in collegiate male and female athletes. Journal of Strength and Conditional Research. 2015;29(2):336-342. Available from: doi:10.1519/JSC.0000000000000728

MacIntosh BR, Robillard ME, Tomaras EK. Should postactivation potentiation be the goal of your warm-up? Journal of Applied Physiology Nutrition and Metabolism. 2012;(37):546-550. Available from: doi:10.1139/h2012-016

Confederação Brasileira de Atletismo. Regras de competição e regras técnicas. Edição 2022. Available from: https://www.cbat.org.br/novo/

Folland JP, Wakamatsu T, Fimland MS. The influence of maximal isometric activity on twitch and H-reflex potentiation, and quadriceps femoris performance. European Journal of Applied Physiology. 2008;104(4):739-748. 2008. Available from: doi:10.1007/s00421-008-0823-6

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Revista de Educação Física / Journal of Physical Education