Resumo
No Brasil, o diabetes mellitus afeta 7,6% da população entre 30 e 69 anos, sendo que 90 a 95% das pessoas pertencem ao chamado tipo II (não insulino-dependentes). Neste contexto, a atividade física é de grande importância para que não haja a evolução desta doença. O objetivo deste trabalho foi analisar a prescrição da atividade física para o diabético do tipo II (DII). A fim de se verificar o objetivo proposto, um questionário foi enviado a 35 endocrinologistas de diversas cidades brasileiras com as seguintes perguntas: 1) O Sr. aconselha que seus pacientes pratiquem atividade física? 2) Em caso positivo, o Sr. mesmo prescreve o exercício ou deixa esse encargo sob responsabilidade de outro profissional? 3) Caso o Sr. prescreva, qual recomendação usual? Os resultados demonstraram que, dentre outros aspectos, a totalidade dos médicos aconselha a prática de atividade física, mas somente 53% encaminham seus pacientes a profissionais de educação física. Foi observado, ainda, que 21% dos médicos prescrevem as atividades físicas, sendo que a maior parte (56%) prescreve caminhadas leves, 18% sugerem mudanças de hábitos e 13% indicam a realização de exercícios aeróbios de baixa intensidade. Os dados obtidos evidenciaram uma baixa interação entre profissionais de educação física e médicos. Além disso, observou-se que as indicações de atividade física prescritas não foram adequadas, uma vez que o volume e a intensidade dos exercícios não estão sendo transmitidas aos pacientes de maneira adequada. Acredita-se que uma prescrição através do consumo de oxigênio ou até da frequência cardíaca (FC) seria o mais apropriado. Da mesma forma, deve também ser prescrita a duração da atividade, o que não foi observado por nenhum dos entrevistados. Ressalta-se que a atividade física é de grande importância para o DII, sendo fundamental que haja ações conjuntas entre os profissionais de saúde para que não ocorra uma evolução do quadro da doença.
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