Resumo
A pilotagem de helicópteros, aparentemente, não se caracteriza por intenso esforço físico. Ao contrário, o piloto tende a se tornar cada vez mais sedentário, em razão de permanecer sentado e com restrita movimentação dos principais segmentos corporais por longos períodos de tempo. Por outro lado, a responsabilidade da função, aliada à necessidade de estar permanentemente vigilante, atento, e preciso em seus movimentos de comando da aeronave, demanda do piloto um grande componente de estresse mental. Em vista desses aspectos, existem dúvidas a respeito da coerência em haver uma preocupação com o condicionamento físico regular de pilotos e suas capacidades qualitativas de desempenho laboral, já que este é muito mais de natureza cognitiva. Assim, buscou-se verificar a influência da condição aeróbica sobre o comportamento psicofisiológico de pilotos de helicópteros do Exército Brasileiro para o estabelecimento de parâmetros, principalmente no que se refere à identificação da aptidão físico-profissional necessária para o cumprimento rotineiro das missões continuadas de vôo. Foram selecionados, de forma estratificada aleatória, 26 pilotos militares do Centro de Instrução da Aviação do Exército Brasileiro, de gênero masculino, idades 31,3 +/- 5,2 anos, ativos fisicamente,V&O2max na faixa de 42 a 63 ml.kg-1.seg-1, os quais foram separados em dois grupos de acordo com o resultado no teste de corrida de 12 minutos. Os instrumentos de medidas utilizados foram o Biofeedback Eletrodérmico ou Resposta Galvânica da Pele (BFB-EDR) e o Biofeedback da Freqüência Cardíaca (BFB-FC), os quais mediram as reações psicofisiológicas dos pilotos durante o vôo com helicópteros. Os resultados encontrados para o BFB-EDR, p=0,075 (para á = 0,05) e BFB-FC, p=0,031, sugerem que um elevado padrão de desempenho físico aeróbico pode exercer um efeito positivo no comportamento psicofisiológico dos pilotos e que a manutenção deste padrão em patamares superiores poderá vir a otimizar suas performances na atividade aérea.
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