Resumo
Introdução: Não são poucos os estudos que versam sobre treinamento contrarresistência (TCR) com restrição de fluxo sanguíneo (RFS). Porém, este assunto ainda não foi explorado suficientemente e tendem a se associar com pH elevado no músculo, estimulação de metaborreceptores entre outros. A hipóxia é um dos fatores que parece se relacionar aos mecanismos fisiológicos da hipertrofia.
Objetivo: Monitorar a oxigenação muscular durante o exercício contrarresistência com RFS nos membros inferiores de jovens, saudáveis e não atletas no modo isotônico.
Métodos: Foram estudados 12 voluntários do sexo masculino (idade 18,7 ±0,5 anos; massa corporal 66,9 ±8,0 kg; estatura 174,9 ±7,2 cm; % gordura 9,2 ±3,5) sem experiência em TCR. Antes da coleta foi determinada a força máxima de extensão unilateral de joelho (1RM) bem como aferida, por meio de Doppler na artéria poplítea, a pressão de oclusão total (M=160 + 15,8 mmHg) para que fosse utilizada a pressão de RFS a 50% (80 + 7,9 mmHg) na execução das séries. O teste de força seguiu o seguinte protocolo: três séries de 15 repetições; 50% RFS a 30% de 1RM com intervalos de 30 segundos entre as séries. Para monitorar a oxigenação tecidual foi utilizada a espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) técnica óptica e não invasiva nos membros inferiores, músculo vasto lateral, experimental e controle.
Resultados: A ANOVA 2 x 3 (condição x séries, com medidas repetidas no segundo fator) mostrou que houve efeito principal do tempo, sem interação significativa entre as condições, sem e com restrição de fluxo sanguíneo. Quanto às respostas de oxigenação muscular durante os intervalos, não foi observada interação entre as condições.
Conclusão: Após monitoramento e análise dos resultados não foi possível verificar diferenças significativas entre as condições RFS e sem RFS, sugerindo que mais estudos devem ser realizados para se chegar a uma conclusão.
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