Correlação e concordância do escore do Frequency – Intensity - Time Index of Kasari com o volume de oxigênio máximo
REF / JPE 2019; 88, 4
pdf

Palavras-chave

Aptidão física
condicionamento físico aeróbio
informações autorreportadas.

Como Citar

Iahnke, V. J., Silva, A. T. B., & Neves, A. N. (2020). Correlação e concordância do escore do Frequency – Intensity - Time Index of Kasari com o volume de oxigênio máximo. Revista De Educação Física / Journal of Physical Education, 88(4), 1022–1033. https://doi.org/10.37310/ref.v88i4.862

Resumo

Introdução: O Frequency-Intensity-Time Index of Kasari avalia a prática de exercício físico em termos de intensidade, frequência e duração, podendo o produto destes parâmetros (FIT) ser como indicador de aptidão cardiorrespiratória.

Objetivo: Avaliar a correlação e concordância do FIT com volume de oxigênio máximo VO2max em medidas direta e indireta.

Métodos: Estudo metodológico com seleção amostral do tipo não probabilística por conveniência, do qual participaram alunos do curso de Instrutores de Educação Física (CI) e membros da família militar (n=59). A amostra foi dividida em dois grupos de estimação do VO2max: protocolo de rampa, utilizando expirômetro (VO2maxrampa), aplicado na família militar; e teste de Cooper (VO2maxCooper), aplicado nos alunos. Todos responderam a mesma versão do FIT. A correlação foi estimada pelo do coeficiente de correlação de Pearson e a concordância foi avaliada por meio do coeficiente de concordância (ρc) e da análise gráfica de Bland e Altman. Os softwares SPSS 15 e MedCalc foram usados.

Resultados: A amostra foi composta por 24 alunos do CI (26,5± 2,39 anos) e 35 membros da família militar (45,28 ± 10,79 anos). Houve correlação significante e fraca apenas entre FIT e VO2maxCooper. Os coeficientes de concordância do FIT foram pobres e desprezíveis entre VO2maxCooper e VO2maxrampa, respectivamente. Os gráficos Bland-Altman exibiram viés de diferença considerável, o que indica margens amplas de sub e superestimação do VO2max.

Conclusão: O Frequency-Intensity-Time Index of Kasari parece ser adequado para descrever de exercício físico praticado, mas o uso do FIT precisa ser melhor investigado.

https://doi.org/10.37310/ref.v88i4.862
pdf

Referências

American College of Sports Medicine. ACSM’s guidelines for exercise testing and prescription. 10th ed. Philadelphia: Wolters Kluwer; 2018.

McArdle W, Katch F, Katch V. Exercise Physiology: Nutrition, Energy, and Human Performance. 8o ed. Philadelphia: Wolters Kluwer Health/Lippincott Williams & Wilkins; 2015.

Herdy A, Caixeta A. Classificação Nacional da Aptidão Cardiorrespiratória pelo Consumo Máximo de Oxigênio. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2016;106(5):389–95. http://dx.doi.org/10.5935/abc.20160070

De França E, Hirota VB, Caperuto E. Testes indiretos de VO2 máximo devem ser escolhidos de acordo com o gênero, variáveis antropométricas e capacidade aeróbica presumida. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. 2014;8(49): 712–21.

Powers S, Howley E. Fisiologia do exercício - Teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 9o ed. Barueri: Manole; 2017.

Brasil. Ministério da Defesa - Exército Brasileiro. Manual de Campanha EB20-MC-10.350 - Treinamento Físico Militar. 4o ed. 2015.

Brasil. Ministério da Defesa - Exército Brasileiro. Portaria no 32 do Estado Maior do Exército, de 31 de março de 2008.

Silva SC, Monteiro WD, Farinatti PTV. Avaliação da capacidade máxima de exercício: uma revisão sobre os protocolos tradicionais e a evolução dos modelos individualizados. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2011;17(5):363-369. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922011000500014

McDowell I. Measuring health: a guide to rating scales and questionnaires. Oxford University Press, USA; 2006.

Kasari D. The effects of exercise and fitness on serum lipids in college women. [Tese não publicada]. Mestrado em Fisiologia do fitness. Universidade de Montana, Missoula. 1976.

Sharkey BJ, Gaskill SE. Fitness & health. Champaign, IL: Human Kinetics; 2013.

Godin G, Shephard RJ. A Simple Method to Assess Exercise Behavior in the Community. Canadian Journal of Applied Sport Science. 1985;10(3):1985;141–6.

Kriska AM, Knowler WC, LaPorte RE, Drash AL, Wing RR, Blair SN, et al. Development of Questionnaire to Examine Relationship of Physical Activity and Diabetes in Pima Indians. Diabetes Care. 1990;13(4):401–11. http://dx.doi.org/10.2337/diacare.13.4.401

Mauch JE, Birch JW. Guide to the successful thesis and dissertation: a handbook for students and faculty. 4o ed. New York: Marcel Ddkker; 1998.

Faul F, Erdfelder E, Lang A-G, Buchner A. G*Power 3: A flexible statistical power analysis program for the social, behavioral, and biomedical sciences. Behavior Research Methods. 2007;39(2):175–91. http://dx.doi.org/10.3758/BF03193146

Balady GJ, Arena R, Sietsema K, Myers J, Coke L, Fletcher GF, et al. Clinician’s Guide to Cardiopulmonary Exercise Testing in Adults: A Scientific Statement from the American Heart Association. Circulation. 2010;122(2):191–225. http://dx.doi.org/10.1161/CIR.0b013e3181e52e69

Heyward V Stolarcyzk L. Applied body composition assessment. Champaign: Human Kinetics Books; 1996.

Callegari-Jacques S. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artmed; 2003.

Lin LI-K. A Concordance Correlation Coefficient to Evaluate Reproducibility. Biometrics. 1989;45(1):255.

Lin LI-K. Correction: a note on the concordance correlation coefficient. Biometrics. 2000;45(1):324–5.

McBride G. A proposal for strength-of-agreement criteria for Lin’s Concordance Correlation Coefficient. Hamilton, New Zealand: National Institute of Water & Atmospheric Research Ltd. 2005.

Bland JM, Altman DG. Statistical methods for assessing agreement between two methods of clinical measurement. The Lancet. 1986; 327(3476): 307-10. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(86)90837-8

Thelle DS. Assessment of physical activity and energy expenditure in epidemiological studies. European Journal of Epidemiology. 2007; 22(6): 351–2. http://dx.doi.org/10.1007/s10654-007-9151-0

Wenger HA, Gordon JB. The interactions of intensity, frequency, and duration of exercise training in altering cardiorespiratory fitness. Sports Medicine. 1986; 3(5):346-56. https://dx.doi.org/10.2165/00007256-198603050-00004

Sallis JF, Saelens BE. Assessment of Physical Activity by Self-Report: Status, Limitations, and Future Directions. Research Quarterly for Exercise and Sport. 2000;71(sup2):1–14. https://dx.doi.org/10.1080/02701367.2000.11082780

Janz KF. Physical activity in epidemiology: moving from questionnaire to objective measurement. British Journal of Sports Medicine. 2006;40(3):191–2. http://dx.doi.org/10.1136/bjsm.2005.023036

Florindo AA, Hallal PC. Epidemiologia da Atividade Física. São Paulo: Atheneu; 2012. 210 p.

Shephard RJ. Limits to the measurement of habitual physical activity by questionnaires. British Journal of Sports Medicine. 2003;37(3):197–206. http://dx.doi.org/10.1136/bjsm.37.3.197

Pols MA, Peeters PHM, Kemper HCG, Grobbee DE. Methodological Aspects of Physical Activity Assessment in Epidemiological Studies. European Journal of Epidemiology. 1998;14(1):63–70. https://dx.doi.org/10.1023/A:1007427831179

Farias Júnior JC de, Lopes A da S, Mota J, Santos MP, Ribeiro JC, Hallal PC. Validade e reprodutibilidade de um questionário para medida de atividade física em adolescentes: uma adaptação do Self-Administered Physical Activity Checklist. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2012;15(1):198–210.

Shephard RJ. Assessment of physical activity and energy needs. American Journal of Clinical Nutrition. 1989;1195–200. http://dx.doi.org/10.1093/ajcn/50.5.1195

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
  3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.