Variações hemodinâmicas em idosas pré e pós-exercícios em hidroginástica
v86 n1
PDF

Arquivos suplementares

Página título

Palavras-chave

idoso
exercício físico aquático
pressão arterial
frequência cardíaca
aged
aquatic physical exercise
arterial pressure
heart rate

Como Citar

Lima, V. P., Nunes, R. de A. M., Castro, J. B. P. de, Souza, C. da C., Rodrigues, F. A. B., & Vale, R. G. de S. (2017). Variações hemodinâmicas em idosas pré e pós-exercícios em hidroginástica. Revista De Educação Física / Journal of Physical Education, 86(1). https://doi.org/10.37310/ref.v86i1.211

Resumo

Introdução:O envelhecimento está relacionado a uma série de alterações no organismo, como redução das capacidades fisiológicas respiratória e circulatória, e aumento da hipertensão arterial sistêmica. Entretanto, a prática de atividade física pode melhorar a saúde do idoso e o controle da pressão arterial. Dentre as atividades físicas procuradas por idosos, está a hidroginástica.

Objetivo: Avaliar as variáveis hemodinâmicas em idosas pré e pós-aula de hidroginástica.

Métodos: Estudo observacional transversal. Participaram do estudo 10 idosas praticantes de hidroginástica. O critério de inclusão foi estar na prática de hidroginástica há mais de seis meses com, no mínimo, duas sessões de treinamento por semana. Foram coletados dados de frequência cardíaca e pressão arterial sistólica e diastólica, antes e após a aula de hidroginástica, com duração de 60 minutos, composta de aquecimento, parte principal e volta à calma, realizando movimentos articulares dos ombros, cotovelos, coluna, quadris e joelhos, alongamentos para os músculos dos membros superiores e inferiores e coluna de forma estática, seguido de exercícios estacionários e em movimento.

Resultados: A amostra apresentou média de idade de 67,5±4,28 anos e média de Índice de Massa Corporal (IMC) de 27,37±2,89 kg/m2. Foram encontradas diferenças significativas na pressão arterial sistólica (PAS) (148±21,97 mmHg; p=0,029), na frequência cardíaca (FC) (94,5±12,08 bpm; p<0,001) e no duplo produto (DP) (13793±2781,38 mmHg. bpm; p<0,001) entre pré e pós-aula de hidroginástica.

Conclusão: A atividade de hidroginástica praticada por idosos pode elevar a pressão arterial em mulheres idosas, principalmente a PAS, além de elevar a FC e o DP, indicando uma maior sobrecarga cardíaca como efeito agudo.

Hemodynamic Variations in Elderly before and after Exercises in Hydrogymnastics

Introduction: Aging leads to a number of changes in the body, such as reduced physiological capacities (respiratory and circulatory) and increased systemic arterial hypertension. However, the practice of physical activity can improve the health and the blood pressure control of the elderly. Hydrogimnasctics is among the physical activities sought by the elderly.

Objective: To evaluate the hemodynamic variables in the elderly before and after the hydrogymnastics class.

Methods: This was an observational and seccional study. The sample consisted of 10 elderly women practicing hydrogymnastics. The participants practiced hydrogymnastics for more than 6 months with at least two training sessions per week. Heart rate and blood pressure data were collected before and after the 60-minute hydrogymnastics session, composed of warming up, main part and cool-down, performing joint movements of the shoulders, elbows, spine, hips and knees, stretches to upper and lower limb muscles and column, statically, followed by stationary and moving exercises.Objective: To evaluate the hemodynamic variables in the elderly before and after the hydrogymnastics class.

Results: The sample presented mean of age of 67.5±4.28 years and mean of Body Mass Index (BMI) of 27.37±2.89 kg/m2. Significant differences were found in the measurement of systolic blood pressure (SBP) (148 ± 21.97 mmHg; p=0.029), heart rate (HR) (94.5 ± 12.08 bpm; p<0.001) and double product (DP) (13793 ± 2781.38 mmHg.bpm; p<0.001) after the hydrogymnastics class.

Conclusion: The hydrogymnastic activity practiced by the elderly can increase the blood pressure, especially the SBP, HR and increase the DP, indicating a greater cardiac load as an acute effect.

https://doi.org/10.37310/ref.v86i1.211
PDF

Referências

Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2010;95(1 Suppl 1): I-III.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000/2060. Diretoria de Pesquisa: Coordenação de População e Indicadores Sociais; 2013.

Simas AR, Mazo GZ, Cardoso AS, Luft CB. Comportamento da força de membros superiores de idosas em praticantes de hidroginástica. Universidade do Estado de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde e do Esporte; 2007.

Matsudo SM, Matsudo VKR, Barros Neto TL. Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Rev Bras Ciênc Mov. 2000;8(4): 21-32.

Daniel FNR, Vale RGS, Giani TS, Bacellar S, Escobar T, Stoutenberg M, Dantas EHM. Correlation between static balance and functional autonomy in elderly women. Arch Gerontol Geriatr. 2011;52(1): 111-114.

Maciel MG. Atividade física e funcionalidade do idoso. Motriz. 2010;16(4): 1024-1032.

Ximenes DGM, Vasconcelos MN, Laurentino VM, Cunha RM, Tomaz HCM, Souza Filho LFM, et al. Avaliação da pressão arterial e condicionamento cardiorrespiratório de idosos com hipertensão praticantes de hidroginástica. Rev Movimenta. 2014;7(1): 632-644.

American College of Sports Medicine, Chodzko-Zajko WJ, Proctor DN, Fiatarone Singh MA, Minson CT, Nigg CR, et al. American College of Sports Medicine Position stand. Exercise and physical activity for older adults. Med Sci Sports Exerc. 2009;41(7): 1510-1530.

Pernambuco CS, Rodrigues BM, Bezerra JC, Carrielo A, Fernandes ADO, Vale RGS, et al. Quality of life, elderly and physical activity. Health. 2012;4(2): 88-93.

Vogel T, Brechat PH, Leprette PM, Kaltenbach G, Berthel M, Lonsdorfer J. Health benefits of physical activity in older patients: a review. Int J Clin Pract. 2009;63(2): 303-320.

Kretzer FL, Guimarães ACA, Dário AB, Kaneoya AM, Tomasia DL, Feijó I, et al. Qualidade de vida e nível de atividade física de indivíduos na meia idade participantes de projetos de extensão universitária. Rev Baiana Saúde Pública. 2010;34(1): 146-158.

Paula KC, Paula DC. Hidroginástica na terceira idade. Rev Bras Med Esporte. 1998;4(1): 24-27.

Mazo GZ, Cardoso FL, Aguiar DL. Programa de hidroginástica para idosos: motivação, auto-estima e auto-imagem. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2006;8(2): 67-72.

Alves RV, Mota J, Costa MC, Alves JGB. Aptidão física relacionada à saúde de idosos: influência da hidroginástica. Rev Bras Med Esporte. 2004;10(1): 31-37.

Botelho LP, Vale RGS, Cader SA, Senna GW, Gomes MCV, Dantas EHM. Efeito da ginástica funcional sobre a pressão arterial, frequência cardíaca e duplo produto em mulheres. Acta Sci, Health Sci. 2011;33(2): 119-125.

Terra DF, Mota MR, Rabelo HT, Bezerra LMA, Lima RM, Ribeiro AG, et al. Redução da pressão arterial e do duplo produto de repouso após treinamento resistido em idosas hipertensas. Arq Bras Cardiol. 2008;91(5): 299-305.

Tomasi T, Simão R, Polito MD. Comparação do comportamento da pressão arterial após sessões de exercício aeróbio e de força em indivíduos normotensos. J Phys Educ. 2008;19(3): 361-367.

Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466/2012 sobre respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devida aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos. Brasília; 2012.

Alkahtani SA. Pediatric hypertension in the Eastern Province of Saudi Arabia. Saudi Med J. 2015;36(6): 713-719.

Souto AL, Lima LM, Castro EA, Veras RP, Segheto W, Zanatta TC, et al. Blood pressure in hypertensive women after aerobics and hydrogymnastics sessions. Nutr Hosp. 2015;32(2): 823-828.

Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2007;89(3): e24-e79.

Aronow WS, Fleg JL, Pepine CJ, Artinian NT, Bakris G, Brown AS, et al. ACCF/AHA 2011 expert consensus document on hypertension in the elderly: a report of the American College of Cardiology Foundation Task Force on Clinical Expert Consensus Documents developed in collaboration with the American Academy of Neurology, American Geriatrics Society, American Society for Preventive Cardiology, American Society of Hypertension, American Society of Nephrology, Association of Black Cardiologists, and European Society of Hypertension. J Am Coll Cardiol. 2011;57(20): 2037-2114.

Laterza MC, Rondon MUPB, Negrão CE. Efeito anti-hipertensivo do exercício. Rev Bras Hipertens. 2007;14(2): 104-111.

Hamer M. The anti-hypertensive effects of exercise: integrating acute and chronic mechanisms. Sports Med. 2006;36(2): 109-116.

Takahashi T, Okada A, Hayano J, Tamura T. Influence of cool-down exercise on autonomic control of heart rate during recovery from dynamic exercise. Front Med Biol Eng. 2002;11(4): 249-259.

Terblanche E, Millen AM. The magnitude and duration of post-exercise hypotension after land and water exercises. Eur J Appl Physiol. 2012;112(12): 4111-4118.

Arca EA, Martinelli B, Martin LC, Waisberg CB, Franco RJ. Aquatic exercise is as effective as dry land training to blood pressure reduction in postmenopausal hypertensive women. Physiother Res Int. 2014;19(2): 93-98.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
  3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.