Efeitos agudos de diferentes volumes de alongamento estático inter-séries sobre o volume total de repetições em músculos agonistas: estudo experimental
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Palavras-chave

intervalo
intra-série
volume total de treinamento
desempenho muscular
recuperação

Como Citar

Oliveira, F. da S., Moreira, M., de Freitas, F. H., Gonçalves, M. M., & Miranda, H. L. (2024). Efeitos agudos de diferentes volumes de alongamento estático inter-séries sobre o volume total de repetições em músculos agonistas: estudo experimental. Revista De Educação Física / Journal of Physical Education, 92(4), 446–455. https://doi.org/10.37310/ref.v92i4.2976

Resumo

Introdução: O alongamento tem sido comumente utilizado para incrementar a amplitude de movimento articular e a força muscular. Algumas evidências mostram que o alongamento pode promover efeitos deletérios no desempenho da força muscular. Entretanto, alguns estudos elucidam que o alongamento, quando aplicado nos músculos antagonistas, pode incrementar o desempenho da força dos agonistas.

Objetivo: Investigar os efeitos agudos de diferentes volumes (duração de aplicação) de alongamento estático (AE) de músculos antagonistas, inter-séries, no volume total de repetições no exercício remada aberta sentada, em homens treinados.

Métodos: Participaram 10 voluntários e selecionados por conveniência. Foram realizadas seis visitas com intervalos de 48 horas entre elas. A entrada nos protocolos experimentais, antes da execução da remada aberta sentada, foi aleatória e realizada em quatro dias; 1) Grupo método tradicional (GTRAD) – sem alongamento prévio; 2) AE com duração de 20s (G20); 3) AE com duração de 40s (G40) e 4) AE com duração de 60s (G60).

Resultados: Não foram observadas diferenças significativas entre os métodos de AE aplicados sobre o volume total de repetições (p=0,257;  =1,476).

Conclusão: A utilização dos exercícios de alongamento estático de músculos antagonistas, entre as séries, independentemente do volume, parece não promover efeitos deletérios no desempenho de força de músculos agonistas. Portanto, baseado em tais achados, especula-se que essa pode ser uma boa estratégia a ser utilizada quando o objetivo for treinar força e flexibilidade na mesma sessão de treino, sem efeitos deletérios no desempenho da força muscular e gasto adicional de tempo da sessão.

https://doi.org/10.37310/ref.v92i4.2976
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