Comparação da estratégia de corrida em atletas africanos e não africanos na prova de 5.000 metros do atletismo: estudo transversal
pdf (English)

Palavras-chave

corrida
alto rendimento
competição esportiva

Como Citar

Borba, D. A., Martins Bernardes , F. ., & Santos Diniz, J. P. (2021). Comparação da estratégia de corrida em atletas africanos e não africanos na prova de 5.000 metros do atletismo: estudo transversal. Revista De Educação Física / Journal of Physical Education, 90(3), 246–252. https://doi.org/10.37310/ref.v90i3.2768

Resumo

Introdução: Atletas africanos dominam as provas de longa distância no atletismo há algumas décadas. Vários fatores têm sido investigados para explicar esse fenômeno, porém, variáveis relacionadas a estratégia de corrida permanecem em aberto.

Objetivo: Comparar a estratégia de corrida em atletas africanos e não africanos na prova dos 5.000 m.

Métodos: Foram extraídos dados de 43 atletas das provas finais dos 5.000 m masculino dos três últimos campeonatos mundiais. Estes atletas foram divididos em dois grupos: atletas africanos (n=30) e não africanos (n=13). A velocidade atingida a cada quilômetro foi utilizada para determinar a estratégia de corrida.

Resultados: Não houve diferença na velocidade de corrida ao longo das parciais (km) entre os grupos. As parciais um e dois foram menores que as demais parciais e as parciais três e quatro foram menores que a parcial cinco (p<0,05).

Conclusão: Não houve diferença na estratégia de corrida entre atletas africanos e não africanos na prova dos 5.000 m e velocidade da corrida tende a aumentar ao longo da prova.

https://doi.org/10.37310/ref.v90i3.2768
pdf (English)

Referências

Saltin B, Kim CK, Terrados N, Larsen H, Esvedenhag J, Rolf CJ. Morphology, enzymen activities and buffer capacity in leg muscles of Kenyan and Scandinavian runners. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports. 1995;5(4):222-30 doi: 10.1111/j.1600-0838.1995.tb00038.x

Larsen HB. Kenyan dominance in distance running. Comparative Biochemistry and Physiology Part A: Molecular & Integrative Physiology. 2003;136(1):161-170. doi: 10.1016/s1095-6433(03)00227-7

Joyner MJ, Ruiz JR, Lucia A. The two-hour marathon: who and when? Journal of Applied Physiology. 2011;110:275–277 doi: 10.1152/japplphysiol.00563.2010

Foster C, Hoyos J, Earnest C, Lucia A. Regulation of Energy Expenditure during Prolonged Athletic Competition. Medicine & Science in Sports & Exercise. 2005;37(4):670-675. Doi: 10.1249/01.mss.0000158183.64465.bf

Mooses M, Hackney AC. Anthropometrics and Body Composition in East African Runners: potential impact on performance. International Journal of Sports Physiology and Performance. 2017;12(4):422-430. doi: 10.1123/ijspp.2016-0408

Bosch AN, Goslin BR, Noakes TD, Dennis SC. Physiological differences between black and white runners during a treadmill marathon. European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology. 1990;6191-2):68–72.

Weston AR, Karamizrak O, Smith A, Noakes TD, Myburgh KH. African runners exhibit greater fatigue resistance, lower lactate accumulation, and higher oxidative enzyme activity. Journal of Applied Physiology. 1999;86:915-923. doi: 10.1152/jappl.1999.86.3.915

Abbiss CR, Laursen PB. Describing and understanding pacing strategies during athletic competition. Sports Medicine. 2008;38(3):239-252. doi: 10.2165/00007256-200838030-00004

Tucker R, Lambert MI, Noakes TD. An analysis of pacing strategies during men's world-record performances in track athletics. International Journal of Sports Physiology and Performance. 2006 (3):233-45. doi: 10.1123/ijspp.1.3.233.

Manoel FA, Kravchychyn ACP, Alves JCC, Machado FA. Influência do nível de performance na estratégia de ritmo de corrida em prova de 10 km de corredores recreacionais. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. 2015;29(3):355-360. Doi: 10.1590/1807-55092015000300355

Borba DA, Silva ALF, Caldeira RR, Ferreira-Júnior JB. Influência de diferentes níveis de desempenho na estratégia de corrida durante os 10 mil metros do Campeonato Mundial de Atletismo: um estudo retrospectivo (2015 e 2017). Revista de Educação Física / Journal of Physical Education. 2020;88(4):989-998. doi: 10.37310/ref.v88i4.848

Ulmer HV. Concept of an extracellular regulation of muscular metabolic rate during heavy exercise in humans by psychophysiological feedback. Experientia. 1996;52(5):416-420. doi:10.1007/BF01919309

Tucker R, Noakes TD. The physiological regulation of pacing strategy during exercise: a critical review. British Journal of Sports Medicine. 2009;43(6):e1–e1. doi:10.1136/bjsm.2009.057562

St Clair Gibson A, Swart J, Tucker R. The interaction of psychological and physiological homeostatic drives and role of general control principles in the regulation of physiological systems, exercise and the fatigue process – The Integrative Governor theory. European Journal of Sport Science. 2018. 18(1):25-36. doi: 10.1080/17461391.2017.1321688

Lima-Silva, AE, Bertuzzi RCM, Pires FO, Barros RV, Gagliardi JF, Hammond J et al. Effect of performance level on pacing strategy during a 10-km running race. European Journal of Applied Physiology. 2010;108(5):1045-1053 doi: 10.1007/s00421-009-1300-6

Noakes TD. From catastrophe to complexity: a novel model of integrative central neural regulation of effort and fatigue during exercise in humans: summary and conclusions. British Journal of Sports Medicine. 2005;39(2):120-124. doi:10.1136/bjsm.2003.010330

Noakes TD. The Central Governor Model of Exercise Regulation Applied to the Marathon: Sports Medicine. 2007;37(4):374377. doi:10.2165/00007256-200737040-00026

Amann M. Central and peripheral fatigue: interaction during cycling exercise in humans. Medicine and Science in Sports and Exercise. 2011;43(11): 2039-2045. doi: 0.1249/MSS.0b013e31821f59ab

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.